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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Dispositivo utiliza campo elétrico para levar drogas diretamente para tumores

A principal forma de tratamento do câncer hoje é o uso de quimioterapia. O remédio é dado para paciente por via oral ou diretamente na veia. O problema é que a quimioterapia também atinge as células saudáveis, causando grandes efeitos colaterais. Para piorar, vários tipos de tumores são pouco irrigados, ou seja, poucos vasos sanguíneos chegam até ele, e assim a quantidade de droga que atinge o tumor é pequena. Assim, é preciso usar uma dosagem maior de quimioterápico e os efeitos colaterais são maiores. E alguns remédios, muito potentes para o tratamento do câncer, não podem ser usados devidos aos também potentes efeitos colaterais. Dessa forma, vários grupos de pesquisa pelo mundo vêm procurando novas formas de administração dos quimioterápicos, visando aumentar a quantidade de droga que chega ao tumor e reduzir a quantidade de remédio que fica espalhada pelo corpo. Esse ano, cientistas dos Estados Unidos publicaram um protótipo de aparelho capaz de

Células da gordura sob a pele combatem infecções

Nosso corpo é povoado por bactérias; não só no intestino, onde compõem a microbiota intestinal, mas também sobre toda a pele. Na pele, bactérias que atendem pelo nome científico de Staphylococcus aureus estão normalmente presentes em grande número. Mas podem não ser inofensivas; elas podem causar desde infecções simples, como espinhas, até infecções graves e generalizadas, podendo levar a morte em pessoas mais debilitadas ou com problemas no sistema de defesa do corpo. A S. aureus é um problema de saúde pública, porque comumente causa infecções em pessoas hospitalizadas (elas entram no corpo pelos furos na pele feito pelos cateteres usados para medicações aplicadas na veia, por exemplo) e já existem vários tipos dessas bactérias resistentes a muitos antibióticos (as chamadas superbactérias). E foi estudando o processo de infecção da S. aureus que pesquisadores americanos descobriram uma nova função para o tecido adiposo subcutâneo, ou seja, as célu

Dois anos e contando!

  "A Porta de Marfim" faz dois anos hoje! Em 2015, tivemos mais de 10 mil visualizações individuais, mais que o dobro do ano passado. No total, as postagens foram lidas mais de 14 mil vezes. Com 80 postagens, temos uma média de 176 visualizações por postagem. Um aumento significativo em relação à média de 56 visualizações por postagem do ano passado (p = 0,0003 pelo teste de Mann Whitney (Sim, aqui a gente mata a cobra e mostra o pau!)). A postagem com mais acessos foi disparada " Dr. José Roberto Kater e o ovo: vilões ou mocinhos? ", com quase 5 mil visualizações (ela sozinha teve mais visitas que todo o blog no seu primeiro ano). Diferente do ano passado, quando o Facebook foi a principal porta de acesso ao Blog, em 2015 o público chegou mais À Porta de Marfim pelo Google (aproximadamente 4,5 mil acessos). Essa mudança é interessante pode indicar que os assuntos aqui discutidos são relevantes e buscados pelo público, e que estamos atingindo pessoas além daq

Anticorpos desenvolvidos em laboratório como novo tratamento para a AIDS

As vacinas treinam o nosso sistema imune (nosso sistema de defesa do corpo) para lutar contra uma futura infecção. Elas contêm alguma parte do organismo que causa a doença; pode ser uma proteína apenas, ou o organismo inteiro morto, ou ainda o organismo atenuado (ou seja, vivo, mas incapaz de causar uma infecção). O que nosso sistema imune faz é pegar esse componente da vacina e gerar um anticorpo. Um anticorpo é uma proteína produzida pelo sistema imune, capaz de se ligar de modo específico e mesmo em baixa quantidade em alguma molécula externa do organismo invasor. A ligação do anticorpo funciona como uma marcação, indicando para as células e mecanismo de defesa do corpo quem são os inimigos que devem ser destruídos. O mesmo processo funciona quando ficamos doentes; o sistema imune produz anticorpos contra o organismo invasor como forma de ajudar a combater a doença. Mas se é simples assim, por que nosso corpo não consegue combater o vírus da AIDS ou por que ainda