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Mostrando postagens de agosto, 2015

Dor em células de cultura

Para se testar novos analgésicos, aqueles remédios que você toma quanto tem uma dor de cabeça ou quando toma um tostão no futebol de terça à noite, ainda é necessário causar algum tipo de dor, infelizmente. Embora todos os cuidados com o bem-estar dos animais de laboratório sejam levados em conta, ainda assim as cobaias vão passar por um grau de desconforto e dor. Seria excelente se pudéssemos abrir mão dos animais, tendo outra forma de avaliar novos analgésicos. Um trabalho publicado por pesquisadores americanos, com a participação de uma cientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deu alguns passos na direção desse objetivo. Os pesquisadores, utilizando técnicas de biologia molecular e engenharia genética, conseguiram transformar um tipo de célula (chamada fibroblasto) embrionária de camundongos em neurônios que respondem a dor. Tudo isso em cultura de célula! O procedimento é relativamente simples e consiste em mudar a atividade de cinco g

Células do câncer “roubam” componentes de células saudáveis para continuar crescendo

O metabolismo de células cancerosas é diferente do de células normais em muitos aspectos. E essas diferenças são estudadas, pois podem ser alvos interessantes para controlar a doença, já que seria possível desenvolver um remédio que atacasse apenas o câncer. O metabolismo energético, ou seja, o modo como as células conseguem a energia para se manterem vivas, é um dos pontos onde câncer e células normais são bem diferentes. O metabolismo acelerado do câncer costuma causar diversos danos às mitocôndrias, estruturas celulares responsáveis por transformar a energia química das moléculas para uma forma que elas possam utilizar. (Nota: Atenção! As mitocôndrias não geram energia! Nada nesse planeta gera energia; as formas de energia são apenas transformadas. A única coisa próxima de nós que gera energia é o Sol, através de fusão nuclear.) Porém, como os danos às mitocôndrias afetam o câncer não tinha sido estudado de forma clara. Visando entender esse ponto,