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Mostrando postagens de março, 2014

Antibióticos engordam?

A associação parece absurda, mas é uma nova hipótese para explicar, pelo menos em parte, a epidemia de obesidade no mundo ocidental. Trinta por cento da população dos Estados Unidos está obesa. A projeção para o futuro da população brasileira é de que, se nada for feito, 95 % das pessoas estejam acima do peso em 2050; e os gastos com saúde para tratar doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes, pressão alta e problemas de coração, podem chegar a 330 bilhões de dólares em 40 anos!!! OK, mas o que os antibióticos têm a ver com isso? Os antibióticos são muito usados na criação de animais para consumo de carne, principalmente frangos e porcos. Um dos motivos é o seguinte: como esses animais são criados em uma densidade alta (ou seja, muitos bichos em um pequeno espaço), a chance de alguma doença causada por bactéria se espalhar pela fazenda é grande. Assim, baixas doses de antibióticos são usadas de rotina na criação para evitar o problema. Um problema dessa prática é a chance d

É melhor prevenir do que remediar!

Não existe ninguém que nunca tenha ouvido essa frase; e também acho que não existe ninguém que não concorde com ela. Na área da saúde, prevenir é de fato melhor para todo mundo: para o paciente, que não chega a ficar doente, e para os cofres públicos, já que reduz os gastos com tratamento. Existem vários marcadores que podem ser medidos por exames de laboratório que ajudam na detecção de doenças. Por exemplo, os níveis de glicose no sangue podem indicar diabetes e o colesterol alto é um fator de risco para doenças do coração. Mas a maioria desses marcadores só aparece quando a doença já existe e, assim, são marcadores para diagnóstico, e não de prevenção, e são específicos para cada doença, o que obriga os médicos a passarem uma bateria de exames para cada paciente no check-up para tentar descobrir algo errado. O ideal seria encontrar alguns marcadores de fácil obtenção (como no sangue ou urina) e que indicassem qualquer tipo de risco. Esse foi o objetivo do trabalho publicado em Fev

Banho de água fria nas células-tronco

Haruko Obokata (Fonte: ajw.asahi.com) O mundo científico pode ser muito competitivo. Dependo da área de estudo e do volume de dinheiro envolvido, você pode esquecer a ideia de colaboração entre grupos de pesquisa “rivais”. Quando uma pesquisa pode levar a criação de um novo medicamento, uma nova técnica de diagnóstico para doenças ou patentes importantes, é cada um por si. Por exemplo, eu incluiria câncer, AIDS, terapia gênica (que consiste em adicionar genes novos a uma célula para tentar curar uma doença) e células-tronco no grupo de áreas competitivas. E todos os cientistas são humanos, e não santos; e, como humanos, alguns não têm escrúpulos. É cada vez maior o número de fraudes descobertas em diferentes pesquisas científicas, que incluem falsificação e duplicação de resultados, além de plágio. E, é claro, quando mais competitiva e quando mais dinheiro presente, mais as pessoas são tentadas a tentar enganar (a Torre de Marfim não é muito diferente do Resto do Mundo). Esse tipo